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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

São Basílio Magno, o Fundador do Leprosário de Jerusalém


Como todos os Lazaristas do mundo Cristão sabem, a Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém, Acre e Boigny foi fundada muito antes das Santas Cruzadas, sendo criada junto a um leprosário extra murus em Jerusalém. Porém que fundou tal Hospital e deu então o início a nossa Ordem? É com muito prazer que respondemos a tal questão: Quem fundou o Hospital de São Lázaro em Jerusalém foi São Basílio Magno, Arcebispo de Cesareia, cujo dia hoje a Igreja de Cristo Celebra com grande Solenidade.


São Basílio, Arcebispo de Cesaréia, nascido naquela cidade de Cesaréia no ano 329, filho de Santa Emélia, neto de Santa Macrina, irmão de São Pedro de Sebaste, de São Gregório de Nissa e de Santa Macrina, a Jovem. Foi dês da infância amigo íntimo de São Gregório Nazianzeno, cujo dia também hoje celebramos.

É chamado de MAGNO, que quer dizer GRANDE em latim, por sua grande atividade pastoral, e por ter tido forças suficientes para lutar contra a heresia do arianismo. É um dos Doutores da Igreja.

Sua vida foi de intensos desafios, pois a heresia ariana naquela época estava no ápice, sendo que os ortodoxos eram perseguidos pelos hereges. Basílio foi ordenado diácono e sacerdote em Cesareia em 363, mas se retirou para o Ponto para evitar conflitos com o arcebispo Eusébio. 

Em 365, seu amigo Gregório de Nanzianzo retirou Basílio de seu retiro, e em 370, quando o arcebispo Eusébio morreu, deixando vaga a sede arcebispal, Basílio foi eleito para ocupá-la. Com a morte de Santo Anastácio, pouco depois, Basílio passou a ser o último defensor da ortodoxia no oriente, morrendo em 1 de janeiro de 379, aos 49 anos.

Dedicou as suas maiores energias a defender a doutrina da consustancialidade do Verbo, definida solenemente no Primeiro Concílio de Niceia (325). Por este motivo sofreu muitos ataques dirigidos pelos arianos e pelas autoridades imperiais, que queria, impor a doutrina de Ário. Junto com São Gregório de Nazianzo e São Gregório de Nissa, contribuiu de maneira decisiva na tarefa de precisão conceptual dos termos com os quais a Igreja viria a expor o dogma trinitário, preparando, desta maneira, o Primeiro Concílio de Constantinopla (381), que enunciou de forma definitiva a doctrina sobre a Santíssima Trindade.

Sua produção literária compreende trabalhos dogmáticos, ascéticos, pedagógicos e litúrgicos. A ele se deve a fixação definitiva de uma das mais conhecidas liturgias (missas) orientais: a Divina Liturgia de São Basílio. Junto com São Gregório de Nanzianzo, escreveu duas Regras que tiveram um influxo decisivo na vida monástica do Oriente cristão.


Sobre ele, assim se manifestou o Papa Bento XVI:

«Na realidade, São Basílio criou uma vida monástica muito particular: não fechada à comunidade da Igreja local, mas aberta a ela. Seus monges formavam parte da Igreja particular, eram seu núcleo animador que, precedendo aos demais fiéis no seguimento de Cristo e não só da fé, mostrava sua firme adesão a Cristo - o amor a ele -, sobretudo com obras de caridade. Estes monges, que tinham escolas e hospitais, estavam ao serviço dos pobres; assim mostraram a integridade da vida cristã.»

O Papa João Paulo II, falando da vida monástica, escreveu:

«Muitos opinam que essa instituição tão importante em toda a Igreja como é a vida monástica ficou estabelecida, para todos os séculos, principalmente por São Basílio ou que, pelo menos, a natureza da mesma não teria ficado tão propriamente definida sem a sua decisiva aportação.» (Carta Apostólica Patres Ecclesiae, 2: L'Osservatore Romano, ed. língua espanhola, 27 de janeiro de 1980, p. 13) (Audiência Geral, Sala Paulo VI, 4 de julho de 2007).



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